Um Quadro Vivo


   Fiquei surpreso com o gesto dela, mas como em outras situações, não me manifestei, acatei. Aquela era Elisa... e lá fomos nós, tocados por aquele vinho de além Tejo, já noite, de ruela em ruela, de braço dado rumo à casa dela.
   – Santiago, desculpe estar a usá-lo como apoio, mas sabe, aquele vinho era realmente muito bom. – disse Elisa alguns minutos, poucos, após termos iniciado a nossa marcha.
   – Não faz mal. – sosseguei-a – Concordo, o vinho era realmente muito bom, o meu pai diria que era uma bela pomada... – concordei com ela citando meu pai. Todo o meu corpo concordava com ela. Deixei o beber regular de bebidas alcoólicas quando terminei a faculdade.
   – Temos aqui mais uma. – disse ela sorrindo, batendo na sua bolsa.
   Pensei para comigo... Tenho que a acompanhar, mas como regressar depois a casa? Estou tramado! É o que é!... Tenho que vir buscar o carro e conduzir. Seja o que Deus quiser... Tenho que a acompanhar!
   Lá chegámos a casa dela, talvez tenham sido uns 10 minutos de caminho. Não fomos muito rápido, fomos calmamente disfarçando da melhor maneira o nosso estado. Ambos inalámos ar fresco, e assim como eu, também ela percebeu que tal facto, bem como o caminhar, nos estava como que a reabilitar um pouco.
   O apartamento dela ficava no último andar. Bem, no último e no penúltimo, ela pelo caminho dissera que era um duplex – coisa fina, pensei na altura – e que tinha um terraço, ou melhor, uma ampla varanda, na parte superior. Disse que queria fazer lá um pequeno jardim.
   Ela abriu a porta do prédio, eu abri a do elevador e ela carregou no último botão. Chegados à porta do apartamento ela falou:
   – Você é a primeira pessoa que trago a conhecer a minha nova casa... – revelou ela – Agradeça ao vinho...
   – Obrigado vinho... – disse sorrindo – E obrigado Elisa pela confiança...
   – Simpatizei consigo. – voltou ela a confidenciar e entrámos – Olhe, não lhe vou mostrar a casa divisão a divisão, sempre odiei esse costume, quase ritual, se você tiver que conhecer a casa que seja naturalmente e não de forma imposta.
   Fomos para a sala. Havia um quadro na parede que me despertou a atenção. Elisa, sempre muito atenta, percebeu. A imagem mostrava uma mulher sentada num sofá, deficientemente iluminada por um candeeiro, de olhar cabisbaixo, triste, segurando um copo de vinho. Essa mulher, vestia um vestido preto, curto, e pela sua posição era possível vislumbrar grande parte das suas pernas. O meu olhar interessado procurava perceber se seria um retrato de Elisa.
   – Não, Santiago, não são as minhas pernas... – disse Elisa.
   Sorri. Eu estava cada vez mais, sei lá, enamorado daquele sentido de oportunidade, daquela perspicácia, daquela espontaneidade, daquele seu sentido de humor... por vezes cáustico. Estranho, pois esse tal humor, nunca me fora lá muito favorável, como que exponha os meus ridículos... mas eu estava cada vez mais enamorado daquela mulher.
   – As minhas são melhores... – rematou Elisa piscando-me o olho.
   Bem, uma coisa era o sentido de humor, ainda que cáustico, outro era aquela espécie de provocação. E, sim, pensei... desejei... ver naquele momento as pernas dela. O vinho de além Tejo desinibia-me o pensamento.
   – Vamos abrir a garrafa, a caminhada fez-me sede... – continuou ela e pegou-me pelo braço.
   Na cozinha, ela procurou e encontrou o saca-rolhas. Enquanto eu abria a garrafa, ela foi buscar os copos. Elisa ficou de costas, olhei o seu rabo... Algo estava a acontecer em mim... Eu estava seduzido, vulnerável, sentia-me um comboio desgovernado.
   Voltámos à sala. Ela foi na frente. Eu atrás levava a garrafa e segurava, sim a garrafa, mas também a vontade de lhe apalpar o rabo. De através das minhas mãos sentir o seu andar. Exato, não há que esconder ou estar com falsos moralismos, eu estava literalmente a desejar apalpar aquele rabo. Ela deslocava-se de forma tão sensual. Com os copos, um em cada mão, seguros pelo respetivo pé. Ainda me passou pela cabeça que ela o fazia de propósito, que queria o meu apalpar, por isso resisti... Pretensioso! Pensei eu de mim mesmo. O álcool dá-me para falar comigo mesmo.
   Já na sala. Por baixo do quadro havia um sofá, curiosamente similar ao do quadro e colocado paralelamente ao mesmo. Eu fiquei num outro bem na frente dela. Mas ainda antes enchi o copo de Elisa e o meu.
   – Adoro este vinho... – disse ela bebendo um gole e colocando-se sentada da mesma forma da mulher retratada.
   – Eu também... – concordei bebendo também um gole.
   – Acha que estou parecida com a mulher do quadro? – perguntou ela fazendo pose.
   – Hum! – sonorizei o meu pensar.
   – Pois, não me vê a pernas... – constatou – Fraca imitação a minha. – concluiu.
   – Posso imaginar... – disse deixando o vinho falar.
   – Pode, mas não esquecer: as minhas são melhores... – voltou a referir, como se eu pudesse ter esquecido.
   Fiquei pensativo.
   – Está a imaginar? – perguntou curiosa.
   – Estou... – disse com sinceridade.
   – Hum! Já bebemos demais... Santiago... – constatou ela.
   E ambos bebemos mais um gole.
   Ao saborear o vinho, ao sentir o seu efeito, fiquei distraído, longe... mas com Elisa no pensamento e o que pensava era cenas de paixão.
   – Em que pensa, Santiago? – perguntou Elisa, sentada como a mulher do quadro, abanando ligeiramente uma das pernas. Molhando os lábios com a língua.
   – Em nada... – respondi, visivelmente nervoso, certamente denotando um ar comprometido.
   – Hum! Se calhar está a ser chato para si aturar-me... – disse algo triste – Falo de mais quando bebo um ou dois copos de vinho.
   – Isso não é verdade, bem pelo contrário, estou a gostar muito... – disse com sinceridade.
   – Não sei bem porquê, gosto de si, parece-me que lhe posso confiar o que há de mais secreto e privado em mim. – disse ela – Sabe, eu preciso de um bom amigo, estou a começar uma vida nova e ainda tenho os meus momentos de alguma fraqueza perante as decisões que tomei.
   – Pode contar comigo, Elisa... – disse com sinceridade.
   E bebi mais um gole de vinho. Parecia que sabia cada vez melhor.
   Ela ficou pensativa, eu fiquei a olhá-la e pensava que, afinal, sabia muito pouco sobre ela. Sabia um pouco da sua vida atual, mas dela mesma quase nada. Mas queria saber tudo. Senti uma curiosidade imensa e não me segurei.
   Levantei-me do meu lugar, senti-me meio tonto e fui ao encontro dela. A meio daquele escasso espaço que nos separava arrependi-me, mas fui, primeiramente queria dar-lhe um qualquer carinho... mas depois, ao chegar bem junto dela, ajoelhei-me para ficar ao mesmo nível dela e propus um brinde. Uma saída quase perfeita.
   – Brindemos ao começo de uma longa amizade... – disse remediando a minha falta de coragem. E ainda bem que assim foi. Certamente seria prematuro o que inicialmente me levou a levantar.
   Elisa aceitou o brinde, mas pela primeira vez senti que ela fazia um esforço para sorrir. Não porque ela não quisesse aquele brinde, mas porque havia algo a preocupá-la.
   Olhámo-nos. Ambos ficámos muito sérios. Eu não sei o que ela pensava, nada consegui ler nos seus olhos, mas o álcool no meu sangue falava, cada vez mais alto, dizia que todo o meu corpo desejava aquela mulher. Eu não queria aquilo, não fazia sentido, mas era sentido, meu corpo palpitava de desejo.
   Presumo que ela pressentiu.
   – Santiago, traga a garrafa, vou mostrar-lhe a vista do terraço... – disse ela.
   Bem dita hora em que ela disse aquilo, pois aquele convite como que desligou algo em mim, não o desejo, mas a vontade de o satisfazer naquele momento. Fomos ao terraço, o ar fresco acalmou-me, mas não havia duvidas... eu estava embriagado.
   Ficámos a olhar a paisagem urbana. Conversámos, fiquei a saber que aquele apartamento, melhor, tudo aquele prédio fora construído por uma construtora de que seu pai fora fundador. Que aquele apartamento estivera alugado, mas que depois dela o ter recebido por herança havia decidido habitá-lo. Os inquilinos ficaram tristes por ter que deixar de ali viver, mas estes, amigos do pai de Elisa, sabiam que mais cedo ou mais tarde isso iria suceder. Tinha ouvido dizer que ela comprara o apartamento a pronto, mas isso não era a todo a verdade, ela tomara posse do mesmo por herança.
   Dividi entre nós o vinho que restava na garrafa… a segunda garrafa.
   Bebemos o resto e Elisa falou...
   – Santiago, tem que me dar tempo... – disse ela num tom sério.
   Por instantes pensei que ela falava de uma hipotética atração mútua. Eu já sabia da minha, mas da dela não.
   – Tempo... – murmurei.
   – Sim, tempo para conseguir desabafar, contar-lhe a minha história. – explicou ela e eu, interiormente, ri da minha pretensão, da minha ousadia em pensar que ela se sentia atraída por mim.
   – Não tenha pressa. – disse voltando-me para ela – Já lhe disse que pode contar com a minha amizade, mas também com a minha discrição. – rematei.
   – Obrigado! – agradeceu ela num tom sério e grato.
   Já não havia mais vinho. Descemos pouco depois.
   Senti que estava na hora de ir, frustrada estava a concretização a minha atração patrocinada pelo vinho de além Tejo, mas o meu ego estava satisfeito por ela ter aceite a minha amizade. Pretendia, assim que acabássemos de descer as escadas, dizer que estava na hora de ir.
   – Coloque o seu copo e a garrafa aí em cima. – disse ela ao passámos por um qualquer móvel a caminho da sala, deixando também ela lá o seu copo.
   Depois pegou-me no braço como já fizera antes.
   – Vamos ouvir música... – comunicou ela – Piano para relaxar...
   Mais uma vez não tive espaço, não havia sequer oportunidade para lhe dizer não, que devia ir.
   – Sabe, Santiago, estou alcoolicamente bem-disposta... – confessou.
   – Eu também... – disse sorrindo.
   Ela colocou música. Piano. Pareceu-me novamente Brain Crain.
   – Venha sentar-se aqui a meu lado. – convidou.
   – Ok. – aceitei.
   – Santiago, não abuse de mim. – disse ela visivelmente atordoada.
   – Claro que não. – disse sinceramente.
   – E eu? Posso abusar de si? – perguntou ela.
   Fiquei sem palavras. Mas, para mim pensava, se ela abusar, por pouco que seja, não terei forças para lhe resistir.
   – Estou a brincar... – disse ela quase numa gargalhada – É o álcool, desculpe...
   Nós estávamos os dois embriagados. Duas garrafas de vinhos nós havíamos deixado vazias, o que queria dizer que cada um bebera o conteúdo de uma garrafa. Sentámo-nos lado a lado. Elisa deitou a sua cabeça no meu ombro.
   – Deixe-me ficar assim só um bocadinho. – pediu ela.
   A música era embaladora e passados uns minutos devo ter adormecido. Presumo que ela também.
   Mais tarde acordei e ela estava deitada sobre meu colo, literalmente nos meus braços. Eu abraçava-a. Tomou-me um ligeiro pânico, entre encostar a sua cabeça ao meu ombro e ela deitada no meu colo não sei o que se passou. Sinceramente não sei.
   Fiquei ali um pouco. Uns cinco minutos. Ela dormia profundamente. Eu não sabia o que fazer.
   Com todo o cuidado peguei nela ao colo. Não foi fácil, estava tonto, mas lá consegui. A tarefa seguinte era procurar o quarto dela. Depois de uns quantos enganos lá o encontrei. Deitei-a sobre a cama, tirei-lhe os sapatos, fui procurar cobertores e tapei-a... Nada mais podia fazer.
   Olhei o relógio. Eram quase 7 da manhã, o dia estava a nascer... Fui embora, tentei não fazer barulho com a porta... Doía-me as costas, dormira sentado, doía-me cabeça... Estava de ressaca!



   Notas Finais
   Agradeço mais uma vez a Ivone Moreira a paciência que tem para corrigir o que escrevo.


   Texto(s) Relacionado(s)
   - Apenas Elisa,
      publicado a 16 de Dezembro de 2012.
   - Chá com Elisa,
      publicado a 30 de Dezembro de 2012.
   - Um Vinho de Além Tejo,
      publicado a 11 de Janeiro de 2013.




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29 comentários:

  1. sim senhor algo de quem e da zona de Abrantes se deve orgulhar termos um escritor deste calibre muito obrigado amigo Jeronimo e continua que um dia veras reconhecido esse teu talento pela escrita

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    1. Muito obrigado amigo Carlos ;)
      Antes de mais para mim escrever é um prazer, uma quase terapia... por isso prometo continuar a escrever e a partilhar isso com as pessoas...
      Um abraço

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  2. Cada vez mais empolgante, gostaria de ter visto mais ousadia, mas compreendo que assim é melhor....
    Obrigada por mais este bocadinho
    Beijinho ;)

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    1. Eu também estou empolgado e com vontade de ser mais ousado ;) Mas convém não ir muito rápido, os pombinhos têm os seus... como direi... traumas, por resolver...
      Obrigado, eu, pela fidelidade da Fernanda.
      Beijinhos

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    2. Vou continuar fiel com toda a certeza, este é um género de escrita de que gosto muito, continua
      beijinho ;)

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    3. Vou continuar sim, aliás devo dizer que tenho mais dois "episódios" da saga da sensual Elisa versus o coitado, mártir, do Santiago :D
      Beijinhos

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    4. Muito bem.... mas não gostaria de ver o Santiago muito "mártir".... mas se tiver de ser, aceito....
      Beijinhos

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    5. Se calhar vai chegar uma altura em que ele não aguenta mais tanto... estímulo ;) O rapaz não é de ferro... e ela é uma verdadeira brasa...

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    6. Ahahahah....
      E mais não digo, fico esperando.......

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  3. Maravilhosamente belo, o que acabo de ler!
    Acho que tudo decorreu, como devia ser, nada de excessos, apesar da vontade, (de ambos)...
    Penso que Elisa é uma mulher solitária, magoada pela vida e com grande necessidade de um bom amigo em quem possa confiar e somente depois algo mais...será??
    Mais um capítulo do livro, porque só pode acabar mesmo, publicado!
    Jerónimo, merece que o seu talento seja reconhecido...
    Anseio a continuação!

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    1. Muito obrigado Isabel ;)
      Sim, de facto não quis levam a história para algo muito fútil e meramente carnal, tanto para deixar a ideia de que algo mais forte está para vir como talvez a existência de factos no passado que impeçam ambos de agir... sei lá, mais rápido...
      "Penso que Elisa é uma mulher solitária, magoada pela vida e com grande necessidade de um bom amigo em quem possa confiar"... Nem mais menos... talvez mais, mas não para já...
      Acho que vou ter que publicar outro texto de hoje a uma semana ;)

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  4. Adorei! Imagino que Elisa não é uma mulher jovem é sim uma mulher muito vivida mas sofredora e solitária. O ambiente envolvente é de recordações e saudade. O passo seguinte é um enigma mas não estou a imaginar um romance pois julgo que seria demasiado óbvio. Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos.

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    1. Gosto naturalmente que leiam o que escrevo... Obrigado pelo "adorei" ;)
      Quantos às suposições que faz a Dilia, não me posso alargar e sim, vamos esperar pelos próximos episódios ;)

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  5. Muito bom o texto. Só faltou o Santiago ser mais ousado... mas fica para a imaginação das pessoas... Perfeito! Será para a próxima?

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    1. Bem vinda Lucinda ; Já leu os textos anteriores a este?

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    2. Ainda não. Acabei de o conhecer através deste texto. Mas vou ler...

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  6. Bem.... O que dizer...
    Subtil, elegante e pouco... quando cheguei ao fim pensei: "ohh j+a accabou...?"
    Jerónimo, adorei!
    Beijinhos

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    1. Terminei agora mesmo de rescrever o rascunho do texto continuação... Parece que tenho que publicar no próximo sábado ;)

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    2. Andreia, gostei dos adjectivos subtil e elegante...

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    3. Andreia Patrícia do Carmo21 de janeiro de 2013 às 16:14

      Isto é estranho sabes... eu gosto de ler, mas no papel! Sentir as folhas, o virar de cada uma e absorver cada letra, cada palavra... e até para ler livros ando preguiçosa. Já ler no computador foi coisa que nunca me chamou a atenção...
      A teoria do primeiro amor, li quase por acaso, já nem sei como fui lá parar... foi o título que me captou a atenção, talvez devido à minha história... e agora, a curiosidade de conhecer a sua escrita... e pronto.
      Subtil sim, elegante ao mais alto nível, escrita delicada com um toque de sensualidade... e estou deserta para ler o que vem a seguir...
      Beijinho

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    4. Até eu estou curioso para saber a continuação ;) Mas já estou a tratar disso...

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  7. Acabei de ler mais uma folha deste empolgante mistério, desta história tão envolvente e sensual, que ainda está muito verde no seu desenvolvimento. Por este andar, vais ter que "conversar" com a Elisa vastos meses para concluir o desfecho deste enlace. Mas duma maneira geral, estou a gostar imenso da narração, o enquadramento das cenas estão muito bem descritas, bem como o diálogo entre as personagens. A nossa Elisa continua misteriosamente atraente, seduz duma forma singular, com uma neutralidade ímpar que lhe é característico, jogando diversas vezes com a ousadia e a impotência, oscilando entre o fácil e o difícil, talvez use a camuflagem da sedução para esconder a sua verdadeira identidade, o seu próprio Eu. Gosta de dar uma imagem de mulher fatal, manipuladora, conseguindo facilmente persuadir alguém com os seus encantos, para se fazer notar que é Alguém. Ele continua pacato, contido, reservado, sem atrevimento de sedução com medo de estragar um futuro envolvimento com ela, preferindo acatar tudo de "cara alegre" perante a sua timidez e falta de coragem. Sinceramente, ainda não vi quais são os atrativos dele, age duma forma "estúpida", mas ela terá os seus motivos para gostar dele (há gostos para tudo). Acho que no fundo, a Elisa não está interessada nele duma forma romântica, quer simplesmente de um amigo que a saiba ouvir e respeitar, para a acolher e desabafar os seus desamores. Bem amigo, continua a cativar-nos com o segredo de Elisa, estou a gostar muito desta enigmática personagem, e vê lá se dás vida ao rapaz, ok? Está a ficar demasiado apagado perante as investidas dela. Beijokas!

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    1. Muito obrigado Guida ;)
      Bem, aqui há dias alguém num programa desportivo dizia que as declarações do Vítor Pereira (Treinador do FCP) sobre a eminente - na altura - entrada de Ismailov no plantel era as de alguém que sabia mais do que aquilo que podia contar... Apesar de não gostar nada desse meu homónimo, devo dizer que sei mais do que aquilo que posso aqui revelar :)
      Naturalmente fazes um comentário bastante pertinente, de onde retiro muita coisa que me irá ajudar neste saga onde Elisa é figura central. Até agora há uma história contada por uma personagem, naturalmente essa personagem relega-se a si mesma para segundo plano, deixando no ar lacunas quanto à sua caracterização como pessoa. Santiago quer contar o fascínio que sente por aquela mulher, é essa a sua principal motivação.
      Há muitas questões que quem está a ler pode fazer... mas acredito que com a surgir de mais textos, essas perguntas serão respondidas.
      Beijo grande

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    2. MISTÉRIO!!! Próximo capítulo já!

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    3. O próximo texto já foi para correcção, o post no blog está pronto e a publicação agendada para dia 27 de Janeiro às 00:00 ;)

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    4. Ok, cá fico a aguardar! Puxa, não levantas um bocadinho o véu?

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    5. Posso apenas dizer que algumas lacunas vão começar a ser reveladas ;)

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    6. Ok, cá fico esperando para ver os segredos a serem desvendados.

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     O vídeo que pode ver em baixo é uma curta-metragem chamado Cupidity (ou Cupido, em português).

     A história é sobre uma empregada de mesa apaixonada por um cliente, mas que ele nunca reparou nela. Ela canta no restaurante onde trabalha e todos a aplaudem... menos o cliente por quem ela está interessada.

     Até que ela percebe o real motivo do desinteresse e recebe a ajuda de um Cupido. Veja por si mesmo: clique no play e emocione-se.